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Cinza das Palavras Editora

  • Vida por Vida: Serviços de Combate e Extinção de Incêndios e Associações de Bombeiros em Castelo Branco de 1845 a 1957
  • Vida por Vida: Serviços de Combate e Extinção de Incêndios e Associações de Bombeiros em Castelo Branco de 1845 a 1957

Vida por Vida: Serviços de Combate e Extinção de Incêndios e Associações de Bombeiros em Castelo Branco de 1845 a 1957

30,00 €  

O estudo divide-se em três partes diferenciadas, cujas balizas cronológicas abrangem o período de 1845 a 1957. Assim, a I parte (de 1845 e 1904) corresponde à génese dos serviços de combate e extinção de incêndios, a cargo do pessoal subalterno da Câmara Municipal, coadjuvado pela Polícia Civil, Administração do Concelho e, esporadicamente, pelos contingentes militares estacionados na cidade. Para este lapso temporal, os serviços debateram-se com inúmeras dificuldades: desde o obsoleto material de combate, carências legislativas, falta de apoios financeiros e dificuldades no recrutamento de homens. Vários episódios narram, porém, actos de grande coragem e de cunho humanitário, ao abrigo do lema — vida por vida — que deu origem a estes serviços assistenciais. Nesta altura, as Companhias de Seguros patrocinavam uma significativa parte das despesas de criação e manutenção destes serviços.


A II parte tem início no ano de 1904 (e prolonga-se até 1931), precisamente porque um movimento de cidadãos decidiu criar uma associação de Bombeiros Voluntários (com o seu serviço de saúde e banda filarmónica). Há que notar, contudo, que estes movimentos de filantropia arrancaram, quase por todo o país, como resposta a situações de grandes tragédias com lume. Foi após grandes incêndios no tecido urbano, em especial em unidades industriais, que atiravam para a miséria centenas de pessoas, que o cidadão comum — até mais do que as instituições — despertavam para a gravidade do problema: isto é, o de não se ter uma associação organizada e preparada profissionalmente para atalhar incêndios. Mas, com a implantação do regime republicano, as questões essenciais por que passava a sociedade civil reflectiam-se na direcção e na orientação da associação: a instabilidade social, a perda de valores e as lutas internas. Tudo isso ajudou a minar a coesão entre o corpo activo e a secção musical, dilacerando a Associação. Até que em 1925 dissolveu-se a Associação dos Bombeiros Voluntários e criou-se a Associação de Bombeiros Municipais — sob a tutela de um serviço de Inspecção de Incêndios.
O terceiro período (entre 1931 e 1957) corresponde aos primeiros 25 anos da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários que esteve na base da associação actual. Desta vez, um grupo de pessoas com influência e determinação lançou mãos a um ousado projecto de fundar uma associação à altura dos pergaminhos da cidade. O projecto foi gizado com grande maturidade e abnegação, por parte dos 7 fundadores. Desta vez as instituições públicas (em particular a Câmara Municipal e o Governo Civil) estiveram à altura dos acontecimentos e coadjuvaram a iniciativa — bem como a população (que respondeu com grande liberalidade e entusiasmo).


Assim, o livro traz à luz do dia uma importante área do conhecimento histórico local, a qual se mantinha, até à data, na escuridão — e, porventura, a escorregar lentamente para o esquecimento.

Género: História Associativa
N.º páginas: 320
Autor: Leonel Azevedo
Edição: Cinza das Palavras
Ano de publicação: 2017